No
dia 5 de outubro deste ano os brasileiros irão às urnas numa das
maiores eleições de todos os tempos. Serão eleitos: presidente e
vice-presidente da República, deputados federais, senadores,
governadores e vice-governadores, deputados estaduais; o governador e
vice-governador do Distrito Federal e os deputados do
Distrito Federal. Ao todo são 25.366 candidatos em disputa. Numa
eleição com estas proporções poderíamos imaginar que a quantidade de
candidatos negros e negras seriam proporcionais ao percentual da
população afrodescendente brasileira que de acordo com o Censo do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de quase 51% de
pretos e pardos, o que corresponde a mais de 101, 9 milhões de pessoas.
Ledo engano. O cidadão negro brasileiro ainda permanece à margem dos cargos de representatividade na vida pública do país.
Os números comprovam a desigualdade racial nas urnas. Pela primeira vez
o cadastro das candidaturas no Tribunal Superidor Eleitoral (TSE),
exigiu a informação quanto a cor da pele do candidato. E as estatísticas
eleitorais geradas a partir do Sistema de Divulgação de Candidaturas
(DivulgaCand2014) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que engloba
todos os concorrentes aos cargos em disputa no pleito deste ano,
demonstram que do total de inscritos, 13.958 candidatos (55,03%) são
brancos, pardos correspondem a 8.868 pessoas (34,96%), negros somam
2.344 candidatos (9,24%), os da cor amarela são 116 (0,46%) e os que se
declararam indígenas equivalem a 80 candidaturas (0,32%). Ou seja,
pretos e pardos somados ficam abaixo do número total de candidatos
brancos inscritos.
Fonte: http://
Nenhum comentário:
Postar um comentário